terça-feira, 17 de abril de 2018

Salve! Salve à Lagoa do Cardeiro: beleza e natureza

Por Tetsy Caroline

Considerada como um dos patrimônios naturais mais lindos de São Miguel do Gostoso, a lagoa do cardeiro está localizada nas proximidades da Praia do Cardeiro e tem esse nome devido está situada em uma área, que segundo os pescadores mais antigos, havia uma enorme quantidade de pés de cardeiro (um tipo de cacto da região), e por ter um desses vegetais em especial à beira-mar, que se recusava morrer mesmo com as violentas ondas que o banhava. Assim se originou o nome da praia e o da lagoa que está localizada na mesmo área.

A Lagoa do Cardeiro, pelas suas características, é classificada como patrimônio natural da comunidade. E a vegetação de restinga existente nas margens da Lagoa é também, por Lei, área de preservação permanente (APP), e de acordo com o Código Florestal as construções ao redor de uma APP deve ser há pelo menos 30 metros de distância contando a partir de sua margem.
    
Como um ato simbólico, a partir de uma mobilização de ONGs e grupos, foi criado o abraço à Lagoa do Cardeiro. As ONGs e grupos se reúnem anualmente para realizarem esse abraço á lagoa. O abraço foi motivado pelos permanentes avanços de cercas e de construções ao redor da Lagoa que vem acontecendo nos últimos tempos. A população parece esquecer disso, que o acesso a Lagoa é direito de todos por ser patrimônio de todos, que sua vegetação no entorno é de preservação permanente e que acolhe diversos tipos de vida como algumas espécies de caranguejos e pássaros entre outras espécies de pequenos animais. 

Como as ONGs e os grupos não tem o poder de fiscalização assim como órgãos do poder público, tipo o IDEMA (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente) e Secretarias de Meio Ambiente, apela para a educação e sensibilização, sendo o abraço a Lagoa do Cardeiro um momento especial com esse objetivo.

domingo, 8 de novembro de 2015

O que é Energia eólica? Conheça mais sobre o assunto

 Por: Larissa Rodrigues

Imagem da Internet
A energia eólica é a energia obtida pelo movimento do ar, ou seja, do vento. É uma abundante fonte de energia renovável e limpa. Mas você deve estar se perguntando: por que a energia eólica é considerada uma energia limpa? Porque no seu processo de geração ela não usa nada que produz resíduo. Exemplo: Petróleo, carvão, entre outros.  Os moinhos de vento foram inventados na Pérsia no séc. V. Eles foram usados para bombear água para irrigação. Os mecanismos básicos de um moinho de vento não mudaram desde então: o vento atinge uma hélice que ao movimentar-se gira um eixo que impulsiona uma bomba assim gerando a eletricidade. 

A energia eólica está disponível em todo lugar, pois em todo lugar no mundo há vento, mais isso varia de acordo com as estações do ano, e com as horas do dia, também tem grande influencia na distribuição freqüente ocorrida pelos ventos e de sua velocidade em um determinado local a topografia e a rugosidade do solo.

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil possui 248 megawatts (MW) de capacidade instalada de energia eólica, derivados de dezesseis empreendimentos em operação. Entre os principais impactos ambientais causados pelos parques eólicos estão o ‘impacto visual: sua instalação gera uma grande modificação na paisagem’, ’impacto sobre as aves do local: principalmente choque delas nas pás’ e o outro é o impacto sonoro: o vento bate nas pás produzindo um ruído constante. As casas do devido local deverão estar, pelo menos, a 200m de distancia.

E as vantagens sociais apresentadas com a implantação dos parques de energia eólica são bem visíveis, como ‘a geração de empregos, tanto temporários quanto fixos’, a melhoria na infraestrutura das proximidades do parque: construção e manutenção de estradas, etc. Nossa cidade é privilegiada por ventos que favorecem, e muito, para implantação desses parques, basta agora sabermos como usufruir, de forma realmente sustentável, dos benefícios que esse recurso natural Pode trazer para o nosso município.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Lenda das minas encantadas

Por: Aldo Cézar

Foto da Internet
Era uma vez um senhor que era muito conhecido por entre as pessoas... E sabe por quê? Porque ele era muito mão de vaca e guardava todo dinheiro que tinha escondido para que ninguém pegasse. Não dava nem esmolas.

Ele era tão ruim que certo dia enterrou todo seu dinheiro num baú e marcou o lugar com uma árvore bem longe de sua casa e dentro do baú com os seus tesouros colocou também uma cobra muito venenosa, porque se alguém achasse seria picado pela cobra e morreria. 

Uma certa noite o velho senhor morreu e os vizinhos ambiciosos foram a sua casa para ver se encontravam algo de valor deixado pelo velho. Mais não encontraram nada. 
Dias depois a alma do velho começou a aparecer para alguns dos seus vizinhos, que dizia assim nos seus sonhos: 

- Você deve ir até a árvore que vou indicar e desenterrar o tesouro que escondi lá. Estou sofrendo muito e só depois de alguém desenterrar o tesouro que poderei me libertar.
Logo que recebia a mensagem a pessoa ficava muito feliz, é claro, pois ficaria rico, até ele explicar um detalhe:

- Deverá ir você e mais outra pessoa, porque dentro do baú tem uma cobra que hoje está muito grande e quando o baú for aberto ela matará um dos dois.

Ao saber desse detalhe ninguém tinha coragem de tirar a mina que até hoje continua encantada nos arredores da Baixinha dos França, e o homem continua como alma penada esperando que um dia a mina seja retirada de lá. Dizem que nunca se deve ser tão mesquinho e jamais deixar riquezas guardadas.

Tese mostra que o Brasil foi descoberto em São Miguel do Gostoso/RN e não na Bahia

Por: Gercinara Silva


Foto da Internet
O Brasil foi descoberto onde hoje é São Miguel do Gostoso e não em Porto Seguro, o Monte Pascoal na verdade é o Pico Cabugi e o marco [da Praia do Marco] na verdade foi chantado no dia 30 de abril de 1500, durante a segunda missa na Terra de Vera Cruz. A tese de que o Brasil nasceu aqui, no Rio Grande do Norte, defendida pelo pesquisador Lenine Pinto, demonstra uma série de dados a serem contestados na história oficial.

Quando estava pesquisando para seu livro Natal USA, lançado em 1965, descobriu um dado interessante, o comandante americano da força tarefa no Recife, na década de 40, Jonas Inghram, deixou escrito que escolheu Recife como base em função da proximidade com o Cabo de São Roque, que é o ponto mais estratégico no Atlântico Sul. Com relação a Salvador ele diz que teria uma melhor base, mas a distância de 400 milhas a mais fazia uma grande diferença. "Como é que estas 400 milhas não iam fazer diferença para naviozinhos a vela, cheios de gente e dependendo de vento?", indaga Lenine.

A partir de várias pistas levantadas numa pesquisa de quatro anos, já na década de 90, ele escreveu "Reinvenção do Descobrimento" publicado em 1998. Com a proximidade da data comemorativa dos 500 anos, o pesquisador foi muito procurado pela imprensa nacional. Sua tese vem ganhando adeptos pelo País. Hoje, ele já não se emociona quando descobre mais um dado que esclarece sua tese.


Foto: Tiago da Silva Luciano
A última informação deste tipo foi a da caravela Boa Esperança que saiu de Portugal e está se dirigindo ao Brasil, refazendo o caminho de Cabral nas comemorações dos 500 anos. A embarcação teve de ligar os motores na travessia do Equador por falta de vento.
Segundo Lenine, Cabral também teve este problema. O navio estava praticamente parado. O tempo estimado da travessia de Cabo Verde ao porto seguro, onde ancorou Cabral, são 30 dias. Ele deve ter ficado um ou dois dias no mar parado em função do desaparecimento da nau de Vasco de Ataíde. "Na realidade ele fez a travessia em 28 ou 29 dias como é que ele poderia ter ido até o sul da Bahia?", adianta.

No ano seguinte, em 1501 João da Nova, fez a travessia do Atlântico e levou 30 dias do Cabo Verde ao Cabo de São Roque, o que Lenine entende como mais um respaldo para o tempo da viagem feita por Cabral. "D. Manuel numa carta enviada ao Rei da Espanha explica que ele mandou João da Nova para procurar Cabral e eles já sabiam da rota. João da Nova não foi para o sul da Bahia e sim para as imediações do Cabo de São Roque", explica o pesquisador.

Lenine defende que os portugueses já haviam passado pela terra de Vera Cruz. Uma das provas é que a carta do rei D. Afonso V datada de 1470, proíbe os comerciantes portugueses que negociavam na Guiné de explorar o pau-brasil. "Por que o pau -brasil? Não tinha o pau brasil lá", questiona o pesquisador.

AGUADA — Em 1498 havia peste na ilha de Cabo Verde, o arquipélago estava seco e já se presenciava a seca provocadora do esgotamento de suas reservas hídricas. Este era o local para reabastecimento de água das embarcações. Vasco da Gama, lembra Lenine, passou por lá e também fez estas observações, depois de Cristovão Colombo. Nas instruções a Cabral diziam que se ele tivesse água para mais quatro meses não era preciso parar em Cabo Verde.

A aguada - que era o sistema de abastecimento das naus, incluindo caça, a reposição de lenha dos navios e o descanso para os portugueses - aconteceu em Vera Cruz e não em Cabo Verde. "O ponto fundamental da carta de Caminha são as notícias das águas. Ele diz que as águas são muitas, encontraram lagoa de água doce e fala muito nos rios", menciona Lenine.


Foto: Tiago da Silva Luciano
O pesquisador afirma que a água era tão importante que a naveta de mantimentos foi mandada de volta para Portugal com as notícias sobre este verdadeiro tesouro para a navegação portuguesa: a água. As coincidências históricas apontam mais uma questão que leva o descobrimento ao Rio Grande do Norte. O mapa de Cantino, em 1502, mostra que a ponta litoral do Estado era chamada de São Jorge, exatamente o santo do dia 22 de abril. Era praxe entre os navegantes batizar os achados como o nome do santo do dia.

O MARCO — Era normal chantar um marco no ponto onde chegavam e ao alcançarem o mar chantavam o segundo marco. "O Brasil tinha dois padrões (marcos), um na Praia do Marco, em São Miguel do Gostoso, e outro em Cananéia, em São Paulo", ressalta Lenine. 

Em documentos há relatos de que Cabral percorreu duas mil milhas na costa brasileira. "Duas mil milhas é exatamente a distância entre esse ponto do RN e Cananéia", afirma. Ele lembra que o marco de Touros foi chantado por Cabral, na segunda missa no Brasil, no dia 30 de abril, junto à cruz onde foi celebrado o rito católico e tomada a posse oficialmente da terra. O local onde foi encontrado o marco ficou sendo chamado de Praia do Marco.

Comunidade de Reduto

Por: Edson Gomes

Imagem da Internet
A comunidade de Reduto é localizada a alguns quilômetros de São Miguel do Gostoso/RN, ligando São Miguel a um dos pontos turísticos mais visitados de nossa cidade, a praia de Tourinho. Reduto é também conhecido por ter uma grande quantidade de artesãs, onde dedicam uma boa parte do seu tempo a criação do labirinto, peça artesanal que ainda é comum encontrar em São Miguel do Gostoso.

Diz stephany, adolescente e moradora de reduto, que antigamente o lugar era situado onde hoje é a praia de Tourinho, numa rua chamada rua das ovelhas. Com o passar do tempo as famílias vieram se aproximando para o local que se encontra ate hoje. stephany ainda diz que o local antigamente era bem mais tranqüilo, mais com a abertura da estrada ate a praia de Tourinho, a tranqüilidade diminuiu, pois o trafego de veículos em alta velocidade aumentou, trazendo sérios riscos para os moradores da comunidade.

Imagem da Internet
Reduto foi formado por uma única família, gerando toda descendência que hoje habita no local. A principal renda dos moradores vem da agricultura e da pesca, sendo esses os principais meios de renda da comunidade. No Reduto o catolicismo é a principal religião, onde um grupo de adolescentes participantes do coral da igreja e da legião de Maria são responsáveis por cuidar e organizar algumas ações da igreja católica, como a festa de São Sebastião, comemorada no dia 21 de janeiro, onde esses adolescentes com ajuda de adultos organizam e comemoram essa data especial.

Em 2010, Reduto foi uma das três comunidades a receber um projeto da ASCDEG em parceria com a prefeitura de São Miguel do Gostoso, trazendo os adolescentes da comunidade de Reduto, Antonio Conselheiro e Angico de fora para a escola de musica de São Miguel. Isso foi muito importante para os adolescentes da comunidade, mais segundo stephany, uma quadra de esportes seria muito importante para os jovens, pois a maioria dos adolescentes não tem o que fazer no seu tempo livre e o esporte poderia ser um grande atrativo para os jovens da comunidade.

Reduto ainda conta com um grupo de apicultores, formado por adultos e jovens do Reduto, gerando uma pequena renda para os atuantes no grupo.

Você Sabia?

Por: Valecia Gomes.

Antigamente a população não tinha como comprar remédios, então para curar da gripe, era raspado coco e como na época aqui não tinha liquidificador, a população espremia o coco até ficar com o leite bem grosso. Quando amanhecia, a pessoa levava o leite do coco, misturava com água da praia e tomava, depois de alguns dias a gripe ia embora.

De primeiro quando as mulheres estavam perto de dar a luz, era guardado num pano uma certa quantidade de farinha de mandioca e goma. Quando o filho nascia, as mães davam papa de farinha de mandioca e goma a seus filhos. Como não podiam comprar leite, pois era muito caro, então a papa era feito com chá de ervas.

Antigamente quando as crianças ficavam com o nariz entupido as mães colocavam um copo de chá de Eucalípto de baixo da rede da criança, enquanto eles dormia, sentia o cheiro do chá e de repente o incomodo ia embora.

Conta pessoas mais antigas, que quando alguém tava com dor de cabeça, era colocado um pano com folha de mandioca na cabeça. Minutos depois, o pano era retirado e a dor de cabeça curada.

Antigamente quando na casa de alguém chegava pessoas indesejadas, a dona da casa colocava uma vassoura de cabeça para cima atrás da porta e a pessoa ficava tão agoniada que ia embora.